Ainda continua ganhando bastante repercussão o homicídio a faca ocorrido na noite do dia 16/10/2024, na localidade de Serrinha - Ipaporanga, quando o Comerciante Didi, 51 anos, Residente no Distrito de Cajás dos Jorges, foi morto após tentar defender o seu filho Francisco Fábio, 25 anos.
O autor do crime conhecido por José Maria Teixeira, 43 anos, residente na Rua Antônio Januário, Centro de Ipaporanga, também saiu gravemente ferido e cumpre prisão domiciliar em sua residência.
Já nesta sexta feira 25/10/2024, o jovem Francisco Fábio Rodrigues de Melo (filho da vítima Didi), compareceu a delegacia de polícia civil de Crateús onde prestou depoimento a respeito dos fatos acima narrados.
Além de Fabio, sua cunhada conhecida por Silvana (irmã da esposa de Fábio), também prestou depoimento ao delegado Dr Filipe Freitas.
Vale ressaltar que Francisco Fábio e a sua cunhada Silvana, estavam acompanhados pelo Advogado Dr Athila Bezerra.
DEPOIMENTOS:
Confira na íntegra o depoimento do jovem Francisco Fábio: Disse que, na noite do dia 16/10/2024, por volta das 22h:30min, o declarante foi deixar sua cunhada Silvana na casa dela no povoado Cajás dos Jorges, Ipaporanga; Que o declarante estava acomodado, ainda, da sua esposa Silvia e da sua enteada de 10 anos; Que na volta, retornando para Ipaporanga, cidade onde moram, ao passarem pela localidade de Serrinha, o veículo do depoente foi interceptado por José Maria que parou o carro dele num local bem estreito da pista, deixando o carro atravessado na estrada; Que foi necessário parar o seu carro, pois não dava para passar; Que em seguida o José Maria desceu do veículo e foi em direção ao carro do declarante; Que conseguiu visualizar o acusado portando uma faca na cintura; Que José Maria se aproximou do carro do declarante para lhe agredir, batendo no vidro do lado do motorista, tentando quebrar; Que engatou marcha ré, mas não conseguiu sair do local; Que ao engatar a primeira marcha, o carro morreu, não conseguindo liga-lo novamente, ocasião em que as portas destravaram e José Maria abriu a porta e sacou a faca; Logo em seguida, o autor passou a gritar, tipo lhe ameaçando e foi desferindo uma facada que lhe acertou antebraço esquerdo, restando lesionado; Que ele disse que se não lhe matasse naquele momento, mataria depois; Que pediu que ele saísse do local, pois estava sangrando muito e que a criança (sua enteada) estava assustada; Que em seguida, o declarante visualizou o farol de una moto, ocasião em que passou a buzinar e a pedir socorro; Que para a sua surpresa era o seu pai que estava no veículo; Que ele estava indo para a sua residência no povoado Cajás dos Jorges; Que José Maria ao perceber que era o pai do declarante, partiu em sua direção, desferindo uma facada em seu peito; Que o declarante saiu do carro e foi defender seu pai; Que tentou desarma-lo, ocasião em que foi lesionado mais duas vezes, sendo uma outra lesão no antebraço esquerdo, próximo ao cotovelo, e mais uma lesão na coxa esquerda; Que caiu ao solo e recebeu uma paulada na cabeça; Que Que depois percebeu que José Maria passou a agredir o seu pai com pauladas, acertando -o na cabeça; Que partiu novamente para cima de José Maria, Onde conseguiu desarma-lo e desferiu umas facadas nele; Que não sabe informar quartas facadas desferiu em José Maria; Que em seguida, José Maria fugiu do local e o declarante foi socorrer o seu pai que estava desmaiado; Que dirigiu seu carro até uma residência próxima, já sem muita força, pois tinha perdido muito sangue; Que solicitou ajuda aos moradores, para que fossem acionados a polícia e ambulância; Que quando a ambulância chegou, o declarante pediu que fosse socorrer logo o seu paí, pois ele estava desmaiado no local dos fatos; Que em seguida a ambulância foi no local e retornou sem o pai do declarante; Que o declarante foi socorrido para o hospital municipal de Ipaporanga; Que na madrugada, foi encaminhado para o hospital São Lucas para realizar uma tomografia em razão da paulada recebida na Cabeça; Que tomou tomou conhecimento que seu pai veio a óbito no local dos fatos; Que tomou conhecimento ainda, que José Maria foi socorrido por uma ambulância para o hospital São Lucas; Que a Sílvia não chegou a ser lesionada; Que indagado se tem conhecimento que sua esposa Silvia mantinha relacionamento amoroso com José Maria, respondeu que sua esposa já se envolveu com ele no ano de 2019, quando o declarante já vivia em união estável; Que ela não queria mais nenhum relacionamento com José Maria e solicitou duas medidas protetivas, que inclusive, essas medidas eram válidas, pois perdurava a situação de perigo; Que no ano de 2023, José Maria agrediu fisicamente o declarante e sua esposa Silvia, onde na ocasião registram Boletim de ocorrência e solicitaram a primeira medida protetiva; Que ele passou um tempo morando em outro Estado, mas quando retornou, nesse ano, voltou a ir na sua casa e a procurar a esposa do declarante, ocasião em que solicitaram a segunda medida protetiva; Que deseja esclarecer que no dia 16 de outubro de 2024, pela manhã, o José Maria ligou para a esposa Silvia e pediu para ir va sua casa para conversarem e que queria se resolver; Que sua esposa lhe mandou mensagem a cerca desse fato, dizendo que já era para o decadente ir no local com a polícia, pois José Maria estava dentro da casa e não queria mais sair; Que o declarante acionou os policiais militares que lhe acompanharam até a sua residência; Quando chegou no local, o José Maria estava dentro de sua casa; Que os militares ficaram conversando com a sua esposa Silvia e com José Maria; Que nesse momento o declarante teve que se ausentar para buscar a sua enteada na escola e, quando retornou, os policiais estavam liberando o José Maria; Que os militares orientaram o declarante e a sua esposa a procurarem o juíz para agilizar a audiência a cerca das ameaças e por conta dele ter ido ao local descumprindo a medida protetiva; Que deseja salientar que nesse mesmo dia, por volta das 17 horas, o declarante foi ameaçado por José Maria, onde ele disse que o declarante pagaria por ter acionado a polícia militar mais cedo para ele; Que procurou os policiais militares novamente e informou a cerca dessa ameaça que acabara de sofrer; Que os policiais mandaram o declarante ir novamente atrás do juiz; Que teme por sua vida e por sua segurança, tendo em vista que tomou conhecimento que, nesta data, o assassino de seu pai foi solto e está em prisão domiciliar. E nada mais disse e nem lhe foi perguntado.
Confira na íntegra o depoimento da Silvana: Que é irmã da vítima deste procedimento Silvia Alves Souza e cunhada da vítima Fábio Rodrigues de Melo que no dia 16 de outubro de 2024 a depoente estava nesta cidade realizando consulta no dentista Dr Juscelino Taumaturgo; Que estava acompanhada da sua irmã Silvia, do seu cunhado Fábio e da sua sobrinha de 9 anos; Que não visualizou o autor José Maria na estrada quando o seu cunhado foi lhe deixar; Que depois do Fábio lhe deixar no local ele retornou para a cidade de Ipaporanga quando no povoado Serrinha Ocorreram os fatos, onde a pessoa de Didi acabou por ser assassinado e que Fábio restou lesionado nos braços e nas coxas; Que não presenciou os fatos; Que indagada se tem conhecimento de quem era a faca usada no crime respondeu que era do José Maria; Que Francisco Evandir, conhecido por Didi não usava faca; Que indagada se tem conhecimento se José Maria tinha relacionamento amoroso com a sua irmã Silvia, respondeu que não sabe informar se ele mantinha relacionamento mas que sua irmã solicitou medidas protetivas em desfavor de José Maria em agosto de 2023; Que informa ainda, que no dia 14 de agosto de 2023, José Maria ameaçou e bateu no Fábio em seu local de trabalho; Que inclusive sua irmã e o seu cunhado registraram ocorrência na Delegacia acerca desses fatos no dia 15 de outubro de 2023; Que José Maria tinha obsessão por sua irmã e já chegou agredi-lá fisicamente nesse período com uma cotovelada e a enforcou, bem como Ameaçou dizendo que se fosse preso mataria a Silvia e a depoente; Que a depoente presenciou esses fatos; Que no mês de agosto do corrente ano de 2024 a sua irmã Silvia confidenciou para o marido de nome Paulo César, que o José Maria estava Lhe seguindo constantemente; Que inclusive o José Maria chegou a falar com Paulo César e o indagou se este estava lhe seguindo; Que Paulo César respondeu que era ele que estava perseguindo mulher casada, ocasião em que José Maria disse para ele não se meter nessa história, pois se não sobraria para ele, tipo o ameaçando; Que José Maria também ameaçou um ex-namorado de sua irmã Silvia, de nome Jorge; Que ele ficava perseguindo sua irmã Silvia e não aceitava ela se relacionar com outra pessoa e nada mais disse nem lhe foi perguntado, mandou o delegado encerrar o presente termo.
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